Pessoas com bom gosto # )

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Será?


Sabe hoje não consegui dormir, entre pensamentos e alusões ao cotidiano fatídico que nos cerca.Ascendi o primeiro cigarro de meu dia não anoitecido e pensei no que houvera acontecido, como os acasos são como pombas nos ombros de São Francisco, isso mesmo exatamente igual as pombas no ombro do pobre santo, será que elas combinavam a hora de pousar?, Será que ele colocava grãos de milho para atrair as pombas?,Será que elas se atariam por algum perfume particular?
Assim somos nós que acreditamos nos pássaros do acaso, uma vez eles pousando sobre nos eles começam o ciclo de penumbras e noites sem dormir, pensamentos e associações quase uma neurose cientifica e racional que de razão não possui nada.
Será que o acaso diário e fortuito nos leva a caminhos predeterminados?
Será que já estávamos predestinados a seguir essa estrada?
Acredito que sim e que não, nós como seres racionais, podem nos guiar por nossas próprias pernas, mas quando acontece de algo sempre ir e voltar ao mesmo lugar será a hora de nos pararmos e pensarmos acerca dessas pobres aves?
Sabe pensei nisso e lendo a “ A insustentável leveza do ser” de Milan Kundera, prosperei acerca de um pensamento lógico e inexato, que o acaso nos leva sim a um caminho determinado, que sabe o destino nos guia sim a uma pessoa, para um caminho e para uma nova forma de ver o mundo cada dia, estaria no que os místicos acreditariam ser a “alma do mundo” nos mostrando nosso futuro, porem quando isso passa a assustar-nos, quando isso passa a ser cotidiano e diário, será que ainda assim existe a alma do mundo nos pobres pássaros do acaso? Ou apenas uma simbiose construída por ambas as pessoas ambos os fatos?
Sabe em linhas mal escritas, com minha péssima noção de português eu gostaria de dizer a vocês pobres leitores confusos e perplexos, que eu simplesmente não sei o que acreditar, só sei que esses acasos me levam adrenalina e uma alegria especial sempre quando a noite chego em casa e me vejo perplexo a frente do computador esperando mais um acaso, mais um sorriso, mais um instante que não sei quando vai acontecer, mais uma vez sabe não perceber o tempo passar e nesses ínterins ilógicos e serenos contemplar mais uma vez, depois na janela de meu quarto com o cigarro aceso, mais um jovem que caminha a noite só na rua, e pensar será que sempre eu serei esse jovem noturno que caminha só? Será que o pássaro não vai me surpreender? Será que mais dia menos dia em um dos “links” do “ orkut” não acharei um acaso que me faça ri e que me faça o tempo passar sem sentir e sabe ri o mesmo riso chorar o mesmo pranto e para meu espanto quando menos perceber esse acaso estará em minha vida, sem pedir licença sem me entregar ao mínimo um vaso de flores para ornamentar meu quintal, ou talvez um cinzeiro para eu jogar minhas cinzas já tão fortes de mais uma noite sem dormir de mais um sono impulsivo e trágico?
Será?
Será que eu irei reagir bem a esse nobre acaso, irei tratar bem esse meu lindo pássaro e darei o carinho suficiente a ele? Ou talvez eu irei procurar motivos e bebedeiras para o jogar fora de minha vida e assim conseguindo irei passar mais uma noite sem dormir, com mais cinzas na escuridão propicia de meu quarto.
Será que uma vez isso feito eu irei conseguir fazer esse nobre pássaro ressuscitar e como uma fênix de novo ressurgindo das cinzas dizer um oi caloroso e de novo no meio de seus abraços me perder em uma energia sem fim?
Espero que sim.
Espero que nas linhas do acaso não existam fim apenas tempo a ser perpassado, apenas momentos que um dia virá como uma folha de um velho álbum de família nos lembrar do que perdemos e que conquistamos, de nossa juventude de nossa beleza...
Espero que possa esse pássaro acaso se recriar e nos mostrar um caminho em que a alma do mundo nos sorria com um sorriso materno da deusa mãe aonde ela se encarregue de nos acalentar em seu peito materno e nos proteger.
Assim espero. Assim seja.

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